Débora Benvenuti | Poesias e Mensagens Virtuais

Mensagens de Débora Benvenuti

São João, eu quero me casar

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Categoria: Namoro


São João, eu quero me casar



Débora Benvenuti



Quando é que eu me caso?
Perguntava Dora.
Pergunte à São João.
respondia eu,
rindo da aflição
que Dora demonstrava
sempre nessas ocasiões.
Faça uma simpatia,
depois que a noite se fizer fria.
À meia-noite,
junto a um pé
de bananeira,
crave um facão
e retire no outro dia.
A letra que ali aparecer
será o nome do futuro maridão.
E lá se ia Dora,
fazer tudo
como mandava a tradição.
E depois de saber o nome,
queria saber Dora,
o que faço para saber
quanto tempo falta
para essa união?
Muito simples:
Amarre um fio de linha
numa aliança
e a mergulhe num copo de vidro.
Conte quantas vezes ela vai tilintar,
batendo de lá para cá.
Se ainda quiser saber mais,
encha uma bacia d’água fria.
Depois escreva vários nomes
em pedaços de papel.
Dobre quatro vezes
e os largue na bacia.
No outro dia observe
qual dos papéis se desdobrou.
Esse será o nome
do homem que fará
o seu coração  se apaixonar..
Se ainda quiser ter certeza,
de que esse dia chegará,
pegue a clara de um ovo
e a coloque no sereno.
A madrugada fará
a clara em neve se transformar.
Se nada disso acontecer,
Esqueça,
não é dessa vez
que você vai desencalhar.
Se todas essas simpatias
surtirem efeito,
Prepare-se...
Mas muito cuidado,
na hora de ir para o altar.
Não se esqueça de agradecer ao Santo
Na hora de se casar!


Namorados

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Categoria: Amor


Namorados



Débora Benvenuti



Estamos hoje afastados,
Será que ainda somos namorados?
Quando o tempo está do nosso lado
e a distância nos mantêm ocupados,
só temos o destino
que quer ser nosso cupido,
mas não encontra o termo certo,
nem acerta os ponteiros.
Não podemos fazer um cruzeiro,
muito menos sermos um inteiro.
Ainda temos o nosso segredo,
mas queremos que o mundo inteiro
seja nosso fiel escudeiro.
Amor é tudo o que temos
e desse amor nada escondemos.
Por que será que não podemos
nos encontrar como queremos?


A travessia

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Categoria: Fábulas


A travessia



Débora Benvenuti




Em uma ilha deserta, viviam quatro amigos que esperavam há muito tempo serem resgatados. A Esperança era responsável por manter a todos unidos, sem jamais deixar que se entregassem ao desânimo. O Amor se preocupava em fazer com que todos fossem amáveis uns com os outros e a Felicidade estava sempre presente nestes momentos. Procurava iluminar as feições de cada um, para que todos pudessem ver uns aos outros como se fosse um espelho. O Tempo era amigo e conselheiro. Ficava horas fitando o horizonte, para ver se surgia alguma embarcação, mesmo quando todos dormiam. E assim os dias iam se prolongando até se transformarem em anos. Certo dia apareceu na ilha uma velha embarcação, conduzida por um homem de barba grisalha e olhar bondoso. Os amigos ficaram eufóricos, imaginando que finalmente poderiam voltar para casa. A Esperança se sentiu renascer. Perguntou ao barqueiro se podia fazer a travessia levando todos os amigos com ele.
- Não, respondeu o barqueiro. Só posso levar comigo apenas um dos seus amigos.
- E porque não podes levar a todos?
- Porque há o risco de naufragarmos.
- Mas a embarcação me parece segura, respondeu a Esperança, um tanto desapontada.
- Pode até parecer segura, mas o casco está trincado e já começa a fazer água.
A Felicidade saltitava entusiasmada, imaginando que talvez ela pudesse ser a escolhida.
O Amor se aproximou cauteloso e sugeriu que fizessem uma análise da situação, para ver quem estaria em melhores condições de partir da ilha em busca de ajuda. Talvez a Esperança fosse a escolhida, mas depois de muito pensarem, chegaram à conclusão que não poderiam ficar sem ela. O segundo indicado foi o Amor. Mas talvez o Amor fizesse falta. Todos precisariam dele para manter a união dos que iriam ficar na ilha. Então pensaram que a Felicidade pudesse ser a mais indicada para realizar essa tarefa. Mas como poderiam ficar sem a Felicidade para lhes fazer companhia? Era ela que fazia com que todos sorrissem, apesar das dificuldades que encontravam. Restava apenas o Tempo. Como não haviam pensado nisso? Só o Tempo seria capaz de ir e vir, sem perder tempo. E apesar de ser o mais velho dos quatro amigos, ainda podia passar despercebido, sem que ninguém desse por sua falta. E assim foi feito. O Tempo fez a travessia com o barqueiro e desembarcou no Futuro, que ficou encarregado de voltar ao Passado e resgatar os três amigos que ficaram perdidos no tempo, esperando que o Tempo voltasse atrás e os resgatasse...Mas será que o Tempo voltaria para buscá-los?
A Esperança pensava que sim...


A Paixão

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Categoria: Amor


A paixão
Débora Benvenuti



A Paixão embriagada



caminhava desmotivada.



Sentia-se enganada



e no Amor não mais confiava.



Cada vez que se declarava



o Amor fingia que não entendia



e a Paixão se consumia.



Ardia em chamas



e nada conseguia.



Fazia versos,



dizia o que sentia



e nada disso adiantava.



A Paixão então ficava a cada dia



mais determinada.



Precisava conquistar o Amor



e estava desesperada.



Seus argumentos eram cheios



de sentimentos.



A Paixão era uma chama ardente,



que se consumia lentamente.



Queimava como brasa



ao mais leve sopro da brisa.



E quanto mais a brisa soprava



mais a chama se propagava.



A Paixão se consumia



de tanto amor que sentia.



Até que um dia,



o Amor se contagiou



com o calor que essa Paixão



por ele sentia.



Era uma noite fria



e o Amor precisava de calor,



para aquecer o seu coração que sofria.



A Paixão então se aproximou do Amor



e o envolveu  docemente.



Falou da sua paixão



e do quanto precisava desse amor



para preencher seus dias.



Amor e Paixão,



a partir desse dia,



viveram tão unidos,



que se tornou impossível



descobrir qual dos dois



habitavam um mesmo coração.


Meu presente de Natal

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Categoria: Especial

Meu presente de Natal



Débora Benvenuti

Quando eu era pequena, meu maior sonho era ter uma boneca de verdade. Não aquelas de pano, com as quais eu brincava. Até que um dia, eu ganhei uma: Era linda, bem como eu havia imaginado... Brinquei com ela por alguns minutos e a deixei sozinha no portal da minha casa. Quando voltei, ela não estava mais lá. Alguém a levara. Foi a minha primeira grande perda. Depois disso, nunca mais tive outro brinquedo. Minha mãe me disse que eu não soubera cuidar do presente que ganhara. Então comecei a sonhar novamente não com aquela boneca que perdera, mas com outra que pudesse andar, falar e me chamar de mamãe. E esse dia chegou, muitos anos depois... Lembro-me bem... Era véspera de Natal, quando eu soube que ia ter nova mente uma boneca. Só que desta vez, eu não deixaria que ninguém a tirasse de mim. E foi a mais linda boneca que já tive. Dei a ela o nome de Larissa...Minha filha!


A palavra, o tempo e o vento

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Categoria: Fábulas
A palavra, o tempo e o vento
 Débora Benvenuti




O Vento assoviava alegremente uma linda canção. As palavras dançavam ao ritmo da música e pareciam flutuar ao sopro do Vento. Quando percebia que alguma das palavras se desequilibrava e quase caía, o Vento soprava com mais força, tão distraídas as palavras ficavam, ao serem embaladas naquele ritmo contagiante. Por onde o Vento passava, ouviam-se as canções que ele sempre carregava consigo. Muitas vezes, não eram só canções que ele transportava, mas sim, algumas palavras que soavam perdidas e que só eram ouvidas por quem as conseguia interpretar. E o Tempo, que estava sempre atento, sabia muito bem disso. Por mais que o Tempo demorasse a passar (muitas vezes ele parecia não ter pressa nenhuma), ele tinha conhecimento de todas as palavras que eram sussurradas pelo Vento, mesmo aquelas que poucos conseguiam ouvir. Quando o Vento estava distraído, uma dessas palavras ele trazia de volta, pois não sabia a quem as entregar. Só o Tempo, que era muito observador, conseguia interpretar. Essa Palavra que parecia não fazer nenhum sentido, se encaixava perfeitamente no quebra-cabeça montado pelo Tempo. Era só uma questão de tempo e o Tempo, que era o Senhor do Universo, estava sempre atento, pois dependia dele, encaixar a Palavra certa, no tempo certo e dar a ela o seu verdadeiro significado
.


A nuvem e o amor

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Categoria: Amor
   
A nuvem e o amor

Débora Benvenuti


Uma Nuvem vivia no céu a sonhar.
Queria muito um amor encontrar,
mas não sabia como fazer,
para chamar a atenção do Amor
e fazer ele por ela se apaixonar.
Sentiu a presença do Vento
e lembrou-se que poderia com ele contar,
para o seu sonho realizar.
- Amigo Vento,
disse a nuvem a sonhar,
preciso muito que me ajudes
a um sonho realizar:
Quero muito um Amor encontrar.
O Vento escutou aquele lamento
e resolveu a Nuvem ajudar.
Soprou forte, por um momento,
até ver a Nuvem em um coração
se transformar.
A Nuvem ficou tão contente,
suspirou profundamente,
quando viu o Amor para ela olhar.
Sentiu imediatamente,
que poderia pelo Amor se apaixonar.
E ele aquela linda Nuvem se pôs a admirar.
A Nuvem preferiu nada falar,
sobre a sua condição momentânea.
Amou o Amor com todo o ardor
que havia em seu coração.
E o Amor amou aquela Nuvem,
como jamais julgara amar.
Foram momentos tão felizes,
que o Amor se sentiu nas nuvens.
Adormeceu aconchegado
aquele colo tão macio e aveludado .
Quando acordou, percebeu que a Nuvem
não estava mais ao seu lado.
A Nuvem chorava amargurada,
porque pensou que o Amor a tivesse
abandonado,
mas o Vento que por ali passava,
já a havia transformado
e muito longe dali a transportara.
O Amor a procurou por todo o lado,
mas nunca mais encontrou a Nuvem
por quem havia se apaixonado...
E a Nuvem até hoje,
continua no céu vagando,
em noites enluaradas,
procurando por esse Amor
que a deixou tão arrasada...

Você nunca mais estará só

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Categoria: Amor
Você nunca mais estará só
Débora Benvenuti

Você nunca mais estará só,
porque eu estarei aí com você
e se me abrires a porta
e me deixares entrar um só instante,
farei desse instante,
um momento mágico
e nunca mais
irás dizer - eu estou só...
Então vem,
me dá a tua mão e eu poderei ver o mundo
com os teus olhos
e através deles,
poderás me conduzir
por caminhos nunca antes sonhados...
...poderei ver a luz das estrelas,
que há tanto tempo não iluminam
mais o meu caminho...
...poderei sentir a brisa do vento soprando
em meus cabelos e
ouvir a tua voz sussurrando em meus ouvidos...
...poderei sentir as tuas mãos acariciando
o meu corpo
e poderei tocar o teu rosto
e me perder no teu abraço...
...poderei estender as minha mãos
e alcançar o infinito...
então poderei dizer que já posso ver
o brilho das estrelas
refletido no teu olhar...
...e eu também nunca mais estarei só...

Portal dos sonhos

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Categoria: Amor
   Portal dos sonhos

Débora Benvenuti



Abro a porta dos meus sonhos
e deixo entrar um som estranho.
A melodia suave me envolve
e eu flutuo em transe.
Quero sentir o amor chegando,
quero amar sem estar sonhando.
O teu rosto vou delineando
num folha de papel rabiscando.
Já sei até o que estás pensando
e sinto os teus braços me abraçando.
Flutuo suavemente,
sinto a brisa me acariciando.
Quero amar sem estar sonhando,
A tua imagem vai se delineando
e aos pouco os meus sonho transformando.

 

O destino e o acaso

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Categoria: Fábulas
   O destino e o acaso

Débora Benvenuti


O Destino andava perdido
e no meio do caminho encontrou o Acaso,
que andava desmotivado
e por casualidade
com o Destino
teve um encontro inesperado.
Os dois seguiram,
lado a lado,
conversando amenidades.
O Acaso acreditava
que havia sido o Destino
que os havia aproximado.
Enquanto o Destino
acreditava que tudo acontecia
por Acaso.
E assim continuaram lado a lado,
até chegarem a uma encruzilhada,
onde decidiram se despedir,
mais animados.
O Destino querendo encontrar um coração
que precisasse de um companheiro,
mesmo que fosse por Acaso
e neste caso,
o Acaso estaria mais uma vez realizado,
unindo dois corações,
pois este era o Destino
que o Acaso havia encontrado
para unir dois corações apaixonados...



Noite de magia

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Categoria: Amor
   Noite de magia
Débora Benvenuti

Noite de magia,
suave melancolia.
Momentos eternos
de raro fascínio.
Assim são as noites
em que me contagias,
quando estou
em tua companhia.
Não me falas de amor
na tela de um computador,
mas me chamas de amiga
com tanto ardor,
que até parece
que sou teu amor.
Será isto outro sentimento,
nascido nos momentos
da ausência do amor?
Noites amenas
em que me pede apenas,
coisas tão singelas e pequenas.
São momentos serenos
em que me falas palavras tão doces,
como as de um menino,
quando me falas do vinho,
que estás a dispor,
quando eu for ao teu encontro
e fizermos amor...
Noite de magia,
em que me roubas momentos tão íntimos
e os transforma em amor...



 

O poema e a ilusão

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Categoria: Especial
 O poema e a ilusão
Débora Benvenuti

O Poema estava apaixonado
pela Ilusão.
Escrevia versos
e queria conquistar seu coração.
Com palavras carinhosas
fazia todo o dia
uma declaração.
A Ilusão não queria demonstrar
a sua paixão.
Acreditava que tudo não passava
de uma mera confusão.
Por ser Ilusão,
muito breve desapareceria
e causaria uma enorme decepção
a esse coração que dizia amá-la
e não conseguiria
conviver com a rejeição.
Sabia muito bem que sofreria
e sabendo da sua triste condição,
tão logo percebesse o engano,
partiria sem rumo e sem direção.
O Poema,percebendo a sua excitação,
pediu à Ilusão que convivesse para sempre
em seu coração.
Casariam sem muita badalação,
sem festa e sem convidados,
nesta nova fase
que iniciavam com muita convicção.
Para não serem enganados,
selaram assim esta união:
O Poema viveria
e em seus versos escreveria
tudo o que sentia,
mesmo sabendo que o que sentia
era a mais pura ilusão...

O acendedor de corações

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Categoria: Amor






O acendedor de corações
Débora Benvenuti



Era uma noite gelada e fria
em que o sereno da madrugada caía.
O vento castigava
a quem não se abrigava
da noite que se prolongava,
como uma ave de rapina,
estendendo as suas garras
até  alcançar o raiar do dia.
Nessa noite o Amor se compadeceu
de todos aqueles
que não tinham um amor
para chamar  de seu.
Acendeu um candeeiro
e saiu na noite escura,
como um curandeiro,
procurando um coração
que precisasse de um pouco de paixão,
para dar vazão à emoção
que fazia eco em seu coração.
Andou por muito tempo
e foi acendendo todos os corações
em que a chama da paixão
o Vento do Tempo apagara. 
Por onde andou,
só encontrou as cinzas
que a paixão deixara,
nesses corações
que nunca mais amaram
e que já haviam esquecido
o quanto o amor os havia aquecido.
Acendeu tantos corações,
até que a chama do seu candeeiro apagou.
E com o vento como açoite,
voltou para o seu leito e dormiu,
como nunca antes havia feito,
nos lençóis amassados e desfeitos.



 

As aventuras do marinheiro Papillon

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Categoria: Fábulas
As aventuras do marinheiro Papillon 
Débora Benvenuti



 Há muitos e muitos anos,existiu um marinheiro chamado Papillon. Ele navegou durante anos por mares turbulentos,às vezes entremeados por calmarias e foi durante esse período que ele acreditou ter chegado a um porto seguro e fez ali sua morada. Sopraram os ventos,veio a tempestade e ele firme,construiu sua família. Pensou ter encontrado um grande amor e desse amor, surgiram dois filhos, a quem ele chamou Larissa e Evan Noah. Dedicou-lhes todo amor que um pai pode dedicar a seus filhos e cada vez que pensava ter passado a tempestade sopravam novos ventos, que varriam para longe toda a esperança de felicidade. Até que um dia, ele resolveu se lançar ao mar novamente a procura de outros portos onde pudesse se abrigar dos ventos fortes que ameaçavam destroçar sua embarcação. E foi durante essa aventura, que ele chegou a uma ilha deserta, onde pensou que não existisse ninguém Percebeu, então, que na areia da praia, o AMOR havia deixado pegadas profundas em formato de coração. Curioso, decidiu seguir essas pegadas para ver se a ilha era tão deserta assim. Caminhou muito tempo e acabou chegando a uma cabana, onde percebeu que havia luz acesa. Encontrou a li uma mulher muito só, que durante muito tempo se distraia fazendo caixinhas muito coloridas e de vários formatos, onde guardava todos os sonhos que acalentava. Curioso, não resistiu à tentação e foi abrindo, caixinha por caixinha para ver o que havia dentro delas. Em cada caixinha que abria, foi descobrindo que havia sido guardados ali, AMOR, ESPERANÇA, CARINHO, AMIZADE e muitos outros sentimentos, que ele com o tampo, foi conhecendo. Um dia ele abriu a última caixinha que guardava um sentimento que ele desconhecia: A LIBERDADE. E por não conhecer o significado dessa palavra, se aventurou novamente ao mar. Tentou durante muito tempo descobrir o que isso significava e quanto mais procurava, menos entendia. Era algo diferente de tudo aquilo que já havia experimentado. E assim,ele continua até hoje, buscando em cada porto, um lugar seguro para ancorar a sua curiosidade. Depois que o marinheiro partiu em busca de novas aventura,a mulher fechou novamente cada uma das caixinhas e as escondeu em um lugar tão seguro, mas tão seguro, para que ninguém mais pudesse abri- las. E a partir desse dia, as luzes da cabana se apagaram e as pegadas da praia sumiram para sempre.

A canção do Rio

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Categoria: Amor
A canção do Rio
Débora Benvenuti


Observo as águas mansas
do rio a correr, serenas e tranquilas,
entre as pedras, que se escondem
quietas, afogadas e perdidas
nessas águas, que correm sempre
para o mesmo mar,
carregando consigo uma canção
tão triste,
que mesmo o reflexo do luar,
não é capaz de apagar,
a tristeza que se reflete
no meu olhar.
Uma folha cai e segue, serena,
entre às águas, empurradas
pela brisa do vento,
que sopra devagar,
fazendo a folha
flutuar, sem parar.
E novamente a canção do rio,
se faz ouvir,
na quietude mansa da noite,
que se espreita e se enfeita
de preto, só para dizer
que serão assim as noites
que terei que viver,
sem nunca mais te ver...

As duas portas

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Categoria: Amor
As duas portas
Débora Benvenuti


Sigo por uma estrada,
quase sempre sozinha
e por mais que eu caminhe,
meus passos cansados
da longa jornada,
tropeçam exaustos,
nas pedras do caminho.
Percebo que ainda
tenho muito que andar,
nesta longa jornada,
não posso parar.
Se juntasse as pedras
que encontrei nesta estrada,
na certa daria
para uma cabana construir
e nela meu corpo cansado
poderia dormir.
E sempre que durmo,
acordo assustada,
é que o caminho
não é mais uma estrada.
Ao longe percebo
que há duas entradas, e a escolha
fica mais complicada:
- Qual destas portas
eu devo abrir? E se depois
de aberta, se eu devo seguir.
Então fico na dúvida,
se não é a outra porta
que eu devo abrir.
Enquanto hesito... desisto
e as duas portas trancadas
eu deixo de abrir...

Os sonhos que sonhei

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Categoria: Amor
Os sonhos que sonhei
Débora Benvenuti

Já sonhei todo os sonhos
que me permiti sonhar,
Vivi todos os dias a espera
de que um deles, um dia
eu pudesse realizar,
e mesmo que alguém
me dissesse, não se
canse de sonhar,
sei que um deles não
consegui imaginar,
um dia acontecendo
sem que me fizesse chorar:
" O Sonho de você me Amar"


Namorados

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Categoria: Amor


Namorados
Débora Benvenuti



Estamos hoje afastados,



será que ainda somos namorados?



quando o tempo está do nosso lado



e a distância nos mantém ocupados,



só temos o destino



que quer ser nossos cupido,



mas não encontra o termo certo,



nem acerta os ponteiros.



Não podemos fazer um cruzeiro,



muito menos sermos um inteiro.



Ainda temos o nosso segredo,



mas queremos que o mundo inteiro,



seja nosso fiel escudeiro.



Amor é tudo o que temos



e desse amor nada escondemos.



Por que será que não podemos,



nos encontrar como queremos?


O direito de sonhar

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Categoria: Amor



O direito de sonhar
Débora Benvenuti

O barco que conduzia a minha vida
encalhou no deserto da minha solidão.
Do silêncio, fez-se o nada,
do nada... a saudades.
O pranto encheu minhas horas vazias,
no vazio da minha existência.
Existiu um dia algo que eu chamei
"VIDA"..., hoje existe vida que eu chamo
menos que NADA.
Muito antes de você,
houve um princípio que se chamou
AMOR... e o AMOR viveu enquanto
alguém me fez acreditar
que o AMOR era sinônino
de VIDA...
...depois do AMOR... fez-se espera,
da espera... o CAOS...
... chamou-se SOLIDÃO as horas
que antecederam a tua chegada.
E você esteve de saída antes
mesmo de ter chegado...
Não existiu princípio - partimos
do meio para o fim da viagem.
As bagagens de recordações
ficaram esquecidas no último trem
que deixou a estação do AMOR.
Esquecemos de sentir e mesmo assim
as pedras nos feriram os pés,
nus de qualquer sentimento...
... e descalços, mais uma vez,
deixamos que a vida nos roubasse
algo que nunca nos pertenceu:
- O DIREITO DE SONHAR!

Sentada à beira de um caminho

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Categoria: Amor


Sentada à beira de um caminho
Débora Benvenuti

É assim que me sinto,
depois de muito andar,
cansada,faminta,
nos pés a fadiga,
me impede o caminho
e na estrada da vida,
caminho sozinha.
Percebo à distância,
o muito que percorri
e pela estrada da vida,
o muito que perdi.
Se não trago bagagens,
há muito esqueci,
Só trago lembranças
do que nunca vivi.
E a beira do caminho,
me deixo ficar,
embaixo de uma macieira,
me sento a pensar.
São tantos os caminhos,
que tenho a seguir,
no entanto, por mais que
eu queira,
nesta estrada traiçoeira,
é a beira de um caminho
que me deixo ficar...

Ecos

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Categoria: Amor






 


 


Ecos
Débora Benvenuti



 O som dos teus passos
ainda ecoam no silêncio vazio da noite
e eu continuo a ouvir esse mesmo som
cada vez que observo a rua
da janela do meu quarto.
As horas se arrastam lentamente, 
como se sentissem o peso da solidão
e a chuva fina que bate de encontro às vidraças,
se desfaz em lágrimas
que rolam pelo chão.
Por breves instantes,
a tua presença se torna quase real.
É quando sinto que o som
dos teus passos
é o bater descompassado
do meu próprio coração.


O coração e a ostra

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Nota 9Nota 10
Categoria: Amor
 


 


O coração e a ostra


Débora Benvenuti


 




Certo dia um coração, sentindo-se cansado, velho e quebrado, decidiu que não queria mais ser um coração. Desejou ser uma ostra e assim sendo, foi esconder-se no fundo do oceano. Levou consigo apenas um grão de areia e embalado pelas ondas do mar, adormeceu e foi jogado nas areias da praia. Um Português que por ali passava, recolheu a ostra e a abriu, descobrindo no seu interior, não mais um grão de areia, mas uma bela pérola. Tomou-a em suas mãos e ficou observando-a, sem saber o que fazer com ela. Naquele momento, a ostra desejou ser novamente um coração e ficou a espera de que o Português decidisse o que fazer com a pérola. Enquanto observava a pérola, ele pensou: - Para que quero uma pérola, se já tenho tudo que eu quero? A pérola, percebendo a indecisão do Português, respondeu: - Eu não sou uma pérola, sou apenas um coração e se me quiseres, poderás me levar contigo. Eu sou o AMOR, a CHAMA DA PAIXÃO que o vento do tempo jamais apagará e existirei para sempre no seu coração. O vento que por ali passava, ouvindo o diálogo dos dois, soprou mais forte e acendeu a CHAMA DA PAIXÃO que estava adormecida no coração do Português e ele, sentindo-se enternecido, recolheu o coração e o guardou dentro do peito. A partir daquele dia, o coração nunca mais desejou ser uma ostra.


 
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